Logo após seu anúncio oficial, a internet começou a criar altas expectativas e esperanças para o lançamento de Esquadrão Suicida. Com trailers energéticos e animados, o filme prometia ser um misto de seriedade com diversão, reunindo os “piores dos piores” vilões da DC Comics.
O filme realmente agarra o seu lado divertido e com humor. No entanto, os fãs hardcore dos filmes sombrios da DC não precisam se desesperar, você ainda encontrará um lado cômico moderado e com cenas sérias e interessantes.
Tudo começa com uma imensidão de flashbacks (recurso extremamente recorrente), com várias músicas num estilo opera rock. A trilha sonora é incrível, recheada de ótimas músicas que animam e te fazem entrar no ritmo do filme. Para muitos, este excesso de mudança de música em pouco tempo pode ser incômoda, assim como pode apenas passar despercebido.
O Esquadrão, enquanto grupo, funciona muito bem graças ao carisma e boa atuação do elenco. Eles se desentendem várias vezes e quase mesmo saem na porradaria. Mas no fim, todos se veem como seres mal vistos pela sociedade, e apenas querem sair da tal missão suicida vivos.
Sem dúvidas, o destaque vai para a Amanda Waller (Viola Davis), Arlequina (Margot Robbie) e o Pistoleiro (Will Smith). E se são os personagens que são o ponto forte do filme, eles também representam um lado negativo. Além do desenvolvimento fraco de personagens como Capitão Bumerangue e Katana, a partir do segundo ato do filme começamos a ver mais discursos que te fazem entender algumas motivações, até mesmo mostrando que alguns deles não são tão ruins assim. Algo que talvez seja mais pessoal é a camaradagem entre eles. De um certo ponto, a amizade do grupo cresce espontaneamente, o que te tira um pouco do ritmo do filme.
Uma das maiores questões do filme, a presença do Coringa do Jared Leto, enfim chega a tona. Jared se incorporou totalmente no personagem, entretanto ele não tem tempo de tela o bastante para se provar. É complicado compará-lo com o Jack Nicholson ou o Heath Leadger. É válido lembrar que essa nova versão do vilão não vem para ser melhor, e sim se encaixar no universo novo da DC.
Talvez um dos pontos mais negativos do filme, Esquadrão Suicida apresenta um final extremamente clichê (com direito a raio azul mortal indo pro céu) e totalmente cafona.
Esquadrão Suicida funciona, é divertido, apesar de ter problemas. Longe de ser um filme perfeito, provavelmente você sairá do filme satisfeito com o que viu, mesmo que daqui há alguns anos ele não seja tão memorável. Vale a pena ver, de preferência em sessões 2D.
6,5/10
Obs: Tem cena extra durante os créditos!