Marvel novamente acerta com seu novo filme (Homem-Formiga), mostrando que independente do tamanho do herói, o filme pode ser divertido e muito bom!
Não é de hoje que o Marvel Studios vem apostando em filmes com personagens pouco conhecidos das HQs pela “massa”. E até agora, essas apostas vem dando certo, Guardiões da Galáxia é a maior prova disto.
No caso de Homem-Formiga, a pressão pelos fãs de quadrinhos era maior, pois o Hank Pym (Homem-Formiga original) tem uma enorme importância nas HQs – não só um fundador dos Vingadores como criador do megalomaníaco vilão Ultron ~ então pode-se dizer sim, que foi uma grande aposta da Marvel.
Contudo, neste filme, o cargo de Homem-Formiga fica para Scott Lang (Paul Rudd), mais conhecido como sendo a segunda pessoa a usar o uniforme do herói.
No enredo do filme, o Dr. Hank Pym (Michael Douglas), o inventor da fórmula Pym e do traje que permite o encolhimento, anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross (Corey Stoll), consiga replicar o feito e vender a tecnologia. Depois de sair da cadeia, Scott Lang está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano do Dr. Pym que, depois de tempos observando o hábil ladrão, o escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.
O filme não foge muito do “padrão Marvel”, ou seja, o foco é plenamente na comédia, entretanto isto não se torna um problema (como em Homem de Ferro 3) pois as cenas cômicas são bastante dosadas, sendo bem encaixadas sem prejudicar o ritmo do filme. Como os próprios trailers já revelavam, é um filme “honesto” de comédia e assalto.
Paul Rudd fez simplesmente um trabalho fantástico como Scott Lang, um personagem carismático, que gera bastante empatia com o público (assim como o Peter Quill em Guardiões da Galáxia). É praticamente impossível você não sair da sessão querendo vê-lo em ação junto com os Vingadores em futuros filmes. Fechando o trio de protagonistas, Evangeline Lilly e Michael Douglas tem uma boa química como pai e filha, cuja relação é bem trabalhada. Não posso esquecer do Michael Peña que roubava completamente a cena, mesmo nos poucos momentos em que ele aparecia.
Se podemos encontrar um ponto “fraco” no filme, é o vilão Darren Cross, que por fim acaba entrando na lista de vilões facilmente esquecidos do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), como o Malekith (Thor 2), Ronan (Guardiões da Galáxia) e Monge de Ferro (Homem de Ferro). O personagem é apenas um vilão “louco” que quer vender dinheiro com sua invenção, e não vai deixar que ninguém o atrapalhe, apenas isso.
Enquanto o vilão pode decepcionar em certos aspectos, os combates entre o Homem-Formiga e o Jaqueta Amarela são sensacionais. A constante troca de perspectivas durante as lutas (em um corte, temos um close nos dois personagens trocando socos e “destruindo” tudo em volta, em outro estamos apenas vendo a filha de Scott vendo seus brinquedos voarem pelo ar) é um charme a mais.
E que efeitos especiais! Todos os efeitos do filme (principalmente os de encolhimento) ficaram fantásticos, com o CG muito bem usado. Somando-se isto aos combates, temos um nível de destruição proporcional ao tamanho do herói – detalhe para o último ato, que faz um contraponto total a batalha final de Era de Ultron – e que gera diversão pura.
Além de o filme se sustentar por si próprio, as referências ao MCU não deixaram de existir! Com direito a aparição de um personagem dos Vingadores, cujo filme já considera que você o conheça e simplesmente a ação acontece, sem muita enrolação e explicação.
O filme é totalmente “honesto” para quem já curte os filmes da Marvel, você encontrará comédia, ação e momentos marcantes. Mesmo que você não seja muito chegado a esse estilo de filme, a recomendação é válida!
OBS: O filme tem duas cenas extras: uma no meio dos créditos, e outra pós-créditos. Uma é voltada ao futuro do Homem-Formiga e a outra faz ponte com um futuro filme.