E a primeira análise do ano será de um anime que me marcou e deve ter marcado muitos: Tonari no Kaibutsu-kun, uma história cheia de amor e comédia.
Pela equipe técnica, Tonari chamou muita atenção devido a direção de Hiro Kaburaki, que já trabalhou com o famoso Kimi no Todoke e o mesmo roteirista de Baccano!, Noburo Takagi.
Tonari no Kaibutsu-kun é originalmente um mangá em andamento com 10 volumes da autora Robico (pseudônimo) publicado na revista Dessert. Em outubro de 2012, a obra gerou um anime com 13 episódios, produzido pelo estúdio Brains Brase com direção de Hiro Kaburaki (Kimi no Todoke).
História
O anime conta a história de Mizutani Shizuku, uma garota que só quer saber de ter boas notas e não se importa em fazer amigos. Porém, sua vida muda quando certo dia, sua professora lhe incumbe de levar as lições para Yoshida Haru, um garoto badboy, que se meteu em uma briga no início do ano e nunca mais retornou à escola. Até ai tudo bem, mas as coisas começam a ficar engraçadas quando Haru se confessa para Shizuku e aí começa um grande história de amor e amizade.
E para varir, na vida dos dois acabam entrando vários personagens carismáticos como Sohei, Natsume, Yamaken, o galo Nagoya e até o misterioso irmão de Haru, Yuzan.
Análise
Ficou bem claro que diante de uma temporada com animes bastante esperados e com potencial (Jojo, Magi, Psycho-Pass, Btooom!, Chuunibyou dentre outros) que Tonari no Kaibutsu-kun acabou ficando um pouco para trás, na “sombra” de outros títulos. No Japão, isso ficou claro com a pouca venda dos BD’s e o mangá que não teve tanto aumento de vendas (como Magi).
Um problema a se destacar é o estúdio de animação, o Brains Brase. O estúdio é famoso por produzir títulos de enorme qualidade como Baccano! e Durarara!, mas ao mesmo tempo também é famoso por não continuar com suas produções (como no caso dos animes citados anteriormente) e com o final (que será discutido mais a frente) que o anime teve, isso pode se tornar um problema.
Apesar de seu problema com continuações, o Brains Base fez um ótimo trabalho técnico, tanto com o character design quanto com as cores, animação e tudo mais, é algo de encher os olhos de quem assiste.
Uma das principais características de Tonari é saber dosar bem tanto a comédia e o romance, sem extrapolar nenhum elemento, onde é bem comum até mesmo mistura dos dois genêro (uma cena romântica que acaba se tornando cômica, por exemplo).
O roteiro consegue envolver muito bem o grupo principal de personagens, colocando-os em várias situações cômicas (como no último episódio) e sempre se relacionando de uma forma de outra. Nisso, vão surgindo de pouco em pouco novos amores, seja entre o grupo principal (como a “queda” do Sasahara pela Natsume) ou até mesmo com alguém de fora.
E é claro que ao mesmo tempo que temos situações engraçadas e românticas, temos algumas desavenças. Não vão ser poucas às vezes onde a Shizuku estará “irritada” com o Haru por ele ter dado um soco nela (sem intenção) ou a Natsume tentando fazer uma amizade maior com o Mizutani.
A trilha sonora, apesar de não se destacar tanto, combina quase que perfeitamente na série, seja isso nos momentos engraçados ou divertidos, ou nas cenas românticas.
Infelizmente, o final da série deixou um número enorme de pontas soltas, implorando por uma continuação (que como disse, pode não chegar) e deixou a todos que assistem com uma vontade de “quero mais”. Mesmo assim, ainda fico com minha posição de que o anime seja o melhor shoujo da temporada.
Apesar de realmente não ter conseguido fechar de forma surpreendente, assim como foi o desenvolvimento do anime, Tonari no Kaibutsu-kun é um anime que concerteza deve te conquistar no primeiro episódio, e a partir daí é só diversão e risos.
Para aqueles que gostam de uma boa história de comédia e romance, fica a recomendação deste ótimo shoujo.
E uma dica: O anime está disponibilizado pelo Crunchyroll.